Liberdade…
Num mundo “nem tão jovem assim”, ainda ecoa no ar o grito pela liberdade…Num mundo onde nunca se foi tão “livre”, onde nunca antes se obteve tanto tempo pra se gastar consigo mesmo, onde nunca houveram tantas respostas prontas, nem tão pouco receitas de sucesso e prazer… Penso muito em tudo isso, no vazio e no anseio dessa geração por algo que os preencha onde uma forte sede de sentido tem conduzido tantos ao desespero. Penso nessa geração que tudo tem nas mãos e nada tem a ser conquistado. Poucos lugares ainda inexplorados, poucos espaços nunca ocupados, enfim, tudo aí, nas mãos. Direitos conquistados, leis implantadas, revisadas, reajustadas, nada a ser descoberto, muito ainda a ser apenas copiado…É essa mesma geração que se vê depressiva em busca de auto ajuda diária como o pão quentinho da padaria, de todo dia…Um mundo composto por indivíduos tão centrados em si mesmos que numa horrenda contradição se esqueceram de si mesmos e vivem em busca de algo que ainda não tenham experimentado, e assim têm na boca o amargo gosto do “ainda quero” e não apenas do “quero mais”… Um dia em um de meus pensamentos pensei: Ai de mim, no dia em que desejar ser mais do que nasci pra ser, nesse dia terei perdido meu achado meu precioso, a simplicidade…E que ainda haja tempo pra nós!
Li seu post e lembrei deste trecho da música Será:
“Nos perderemos entre monstros
Da nossa própria criação…”
A sociedade perdida nos monstros que ela mesma tem criado.
Parabéns pelo post e por trazer até nós instrumentos que nos estimulam a pensar e repensar esta geração.
Bravo!